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Brincadeiras do tempo da vovó
Por Viveane Petratti
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Tem muita diversão gostosa e estimulante para seu filho curtir no tempo livre ou, só para variar, desligar a tevê e o videogame. Resgatamos algumas do fundo do baú, para ele brincar sozinho ou em grupo.
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Amarelinha
idade: a partir de 4-5 anos
participantes: uma ou mais crianças
Para aumentar ou diminuir a dificuldade do jogo em função da idade, você pode propor mudar o tamanho do diagrama e algumas regras do jogo, como, por exemplo, pisar ou não no inferno. Em vez de dez retângulos iguais, trace um de cada tamanho. Experimente fazer uma amarelinha gigante, com quinze ou mais "casas".
Desenhe o diagrama no chão. O jogador fica no céu e lança uma pedra ou outro objeto mirando no número 1. Se acertar, pula colocando um pé no número 2 e outro no 3. Pula de novo com um pé só no número 4 e assim por diante, até chegar ao final. Atenção para nunca pisar no inferno.
O jogador volta, pulando em cada casa, e abaixa um pouco no número 2 para pegar a pedra que ficou no número 1, pulando, em seguida, para o céu.
Começa tudo de novo mirando a pedra no número 2. A brincadeira continua até o jogador atingir o último número 10. Se errar, ele passa a vez para o próximo companheiro. Quando volta, começa daquele ponto. Se o jogador estiver brincando sozinho, quando ele errar, deve recomeçar do número 1.
Barra-manteiga
idade: a partir de 4 anos
participantes: no mínimo, seis crianças
As crianças devem ficar separadas em dois times, mais ou menos a uns 5 metros de distância um do outro. Os jogadores formam uma linha e estendem as mãos para a frente, com as palmas voltadas para cima.
Um jogador vai até o time adversário e bate levemente com a palma da mão direita nas mãos dos jogadores aguardando com os braços estendidos. De repente, dá um tapa bem mais forte na mão de alguém e corre de volta para o seu lado do campo.
O escolhido tem que correr atrás do adversário e tentar pegá-lo. Se conseguir, leva o jogador para a sua equipe e vai bater nas mãos do outro time. Se não conseguir, recomeça a bater nas mãos dos adversários.
Ganha o time que estiver mais completo.
Peteca
idade: a partir de 7 anos
participantes: duas ou mais crianças
Na faixa dos 7 anos as crianças já possuem maior controle corporal e se interessam pela atividade. As regras devem ser fixadas levando-se em conta a idade das crianças; assim, quanto menores, menos regras. O objetivo do jogo é bater e rebater a peteca, sem deixá-la cair.
Passa-anel
Idade: a partir de 4 anos (este é um jogo bem feminino)
participantes: no mínimo, quatro crianças
O primeiro passo é escolher quem vai ser a "passadora". Ela deve ocultar o anel (ou outro objeto pequeno) entre as mãos fechadas.
As jogadoras ficam uma ao lado da outra com as palmas encostadas como as da passadora do anel.
Ela passa as suas mãos no meio das mãos de cada uma das participantes, deixando cair o anel na mão de uma delas, sem que ninguém perceba.
No final, a "passadora" pergunta a uma delas com quem ficou o anel.
Se acertar, será a nova passadora; senão, pagará o castigo que as outras decidirem.
A passadora repete a pergunta. Quem acertar se encarregará de passar o anel.
Pula-sela
idade: a partir de 5-6 anos
participantes: no mínimo, três crianças
Uma criança se inclina e as outras, em fila, vão pulando por cima dela apoiando as mãos espalmadas nas costas da sela (criança abaixada). Após pular todas, também se inclina para que as outras crianças a pulem.
Atividades com sucatas
idade: 4-5 anos
participantes: uma criança ou mais
Um pouco de cola aqui, um recorte ali, um barbante para amarrar... Como num passe de mágica, caixas de papelão viram castelos e cidades, latas vazias se transformam em carrinhos, caixas de ovos emprestam suas ondulações para o corpo de um enorme jacaré. Repleto de cores, texturas e formas, esse material descartável do dia-a-dia desperta a imaginação e a criatividade das crianças para o infinito, e além. Veja as sugestões e junte o material para o seu filho. Ele só vai precisar de tesoura (prefira as de ponta arredondada), cola e, se quiser, tintas para dar acabamento. Para começar, proponha um tema. Depois, deixe a fantasia rolar solta.
Adesivos, algodão, argolas, areia
Baldes, barbante, botões, bijuterias, bandejas de papelão
Cabos de vassoura, caixas vazias (de brinquedo, sapatos, pasta de dente, sabonetes, remédios), caroços, copos plásticos
Discos antigos, dinheiro antigo
Embalagens de diferentes tamanhos
Estopas
Flores e folhas secas, fantasias
Garrafas de plástico de diferentes tamanhos
Isopor
Jornais e revistas
Lápis, latas de diferentes tamanhos
Meias
Palitos de churrasco e de dente, fósforos
Pedras, papéis, pregadores
Réguas, rolhas
Saquinhos, serpentinas
Tampas de caneta, lata, xampu, pasta de dente
Tubos de papelão, plástico
Varetas, velas
* Viveane Petratti é professora da Faculdade de Educação Física na Universidade do Grande ABC. Mestranda em Educação (História, Política e Sociedade) na PUC de São Paulo.
Ilustração Cecília Esteves